SINDALESP participa da Conclat – conheça as propostas aprovadas na conferência

 SINDALESP participa da Conclat – conheça as propostas aprovadas na conferência

 

Inês Ferreira

Sessenta e três propostas, que irão nortear a luta da classe trabalhadora, foram aprovadas na Conclat (Conferência da Classe Trabalhadora). O 1º tesoureiro do Sindalesp, Maurício Nespeca, representou o sindicato na conferência, que ocorreu no último dia 7 de abril, em São Paulo.

A Conclat foi organizada pela CUT, Força Sindical, CTB, UGT, NCST, CSB, Intersindical Instrumento de Luta, Intersindical Central da Classe Trabalhadora e Pública.

O evento reuniu mais de 500 sindicalistas. Na conferência foram definidas diretrizes que devem impulsionar o desenvolvimento do país sob a ótica dos trabalhadores.  Entre essas propostas, constam as que serão entregues aos candidatos que disputam a Presidência da República.

São 63 propostas para a geração de emprego com qualidade, aumento de salários, valorização dos sindicatos, proteção social, trabalhista e previdenciária, fortalecimento da democracia nas negociações coletivas, combate â pobreza, à miséria e às desigualdades.

Síntese da conferência
1) Aprovou a pauta unitária, com propostas desenvolvimentistas, em defesa dos direitos e valorização do trabalho;

2) Reafirmou a unidade do movimento, em torno daquilo que é trabalhista, sindical e da própria democracia;

3) Criaram-se as condições, para:

3.1) levar o conteúdo da Conclat para a base trabalhadora e social;

3.2) difundir seu conteúdo e pleitos no Congresso Nacional e dialogar, a partir dessa pauta, com os candidatos, do mais amplo espectro, aos cargos em disputa neste ano.

4)O tema combate ao custo de vida, com ações concretas, foi recepcionado na pauta e vai ensejar movimentos a partir dos sindicatos ou com os sindicatos.

Principais falas das centrais sindicais

NOVA CENTRAL

“A NCST tem como presidente professor Oswaldo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e Cultura – CNTEEC, uma das maiores confederações do Brasil, por isso a importância da nossa defesa desse item da pauta. Gostaria de acrescentar a isso, a justiça fiscal e o empreendedorismo, incentivo à micro, pequenas e médias empresas, pois sabemos que para alcançar tais objetivos precisamos de um Estado forte garantidor de políticas públicas de educação básica até a universidade, garantindo acesso às minorias e valorização dos profissionais de educação”. Eduardo Maia, secretário-nacional, representando o presidente da NCST.

CSB
A forma como a economia é conduzida pelo atual governo foi motivo de críticas dos dirigentes sindicais. Antônio Neto, presidente CSB afirmou que é preciso acabar com esse modelo econômico que desmantelou a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e com a possibilidade de os sindicatos representarem os trabalhadores em Acordos Coletivos.

CTB
Preocupado com o destino do País, o presidente da CTB, Adilson Araújo chamou a atenção construção de novos caminhos. Segundo ele, estamos diante de encruzilhada histórica, pois a continuidade Bolsonaro no poder é ameaça ao País e aos brasileiros.

“O ano de 2022 é para definir os caminhos do País. Se vamos continuar reféns da barbárie neofascista ou vamos construir uma nova Nação, com geração de emprego e renda. A Conclat é o caminho de um projeto nacional de um novo Brasil”, afirmou.

CST
Para o representante da central, o secretário-nacional Eduardo Maia, a Conclat “significa esperança na renovação dos quadros políticos, no desenvolvimento econômico e social, numa sociedade mais solidária. Mas acima de tudo, esperança no cumprimento da Constituição Federal (CF), que o artigo 1º da CF se faça vivo no nosso meio, que o Brasil seja de fato um Estado democrático de direito, fundado na soberania, na cidadania, na dignidade da pessoa humana, nos valores do trabalho e da iniciativa privada, no ambiente de pluralidade política que querem nos tirar.”

E acrescentou: “Nós vamos mover o Brasil. E começamos movendo a nós mesmos, a Conclat é só o primeiro passo”.

CUT
“Vamos precisar recuperar os direitos que foram perdidos pelo golpe de 2016 e a Reforma Trabalhista de Michel Temer, perdas que só pioraram sob o governo Bolsonaro. Isso vai exigir ainda mais unidade do movimento sindical, e a Conclat 2022 sinaliza isso: que o caminho para a classe trabalhadora é a solidariedade, a luta e a união”, destacou o presidente da CUT, Sérgio Nobre.

Força Sindical
“O movimento sindical tem de se fazer representar nas assembleias, Câmara e Senado der quisermos acabar com esses desmandos contra a classe trabalhadora”, afirmou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

Ele também defendeu a unidade sindical como forma de recuperar direitos trabalhistas, retomar o crescimento e desenvolvimento do País, a reindustrialização. “Parabenizo cada sindicato e dirigente que não se renderam às ameaças do governo Bolsonaro”, declarou.

Central do Servidor
Para o presidente da Pública Central do Servidor, José Gozze é necessário construir Estado soberano e desenvolvido com a redução das desigualdades sociais que ameaçam a civilidade. Para ele, o Orçamento da União tem de promover a educação, Previdência, saúde, alimentação, moradia e segurança.

“Hoje o governo só paga dívida bancária se esquecendo da sua dívida principal que é com o cidadão. Queremos um serviço público de qualidade para toda população e o Estado tem de respeitar os servidores com reposição salarial e garantir o direito à negociação coletiva, só assim teremos dignidade no serviço público e um bom atendimento à população”, afirmou Gozze.

UGT
Para Ricardo Patah, presidente da UGT é preciso debater as mudanças importantes do mundo do trabalho, porque a Reforma Trabalhista foi ação criminosa. “É preciso fazer grandes mudanças no Parlamento e lutar pelo ‘Fora Bolsonaro’”.

Fonte: Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) e Nova Central.

Inês Ferreira