Sindalesp parabeniza os trabalhadores e reforça: a luta continua!

O Sindalesp parabeniza todos os servidores da Alesp e do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo pelo Dia do Trabalhador e da Trabalhadora. Para o sindicato a comemoração do 1º de Maio é a mais importante data do calendário de lutas da entidade.
A data marca o surgimento dos movimentos trabalhistas, como o que ocorreu na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, no final do século XIX. Esses movimentos trabalhistas surgiram por causa da precarização do trabalho após a Revolução Industrial.
Em Chicago, as péssimas condições de trabalho levaram trabalhadores a mobilizarem protestos em 1º de maio de 1886. Eles reivindicavam, sobretudo, a redução da jornada de trabalho para oito horas por dia (a jornada da época nos EUA era de 12 horas).
Os protestos seguiram acontecendo em Chicago durante os dias 3 e 4 de maio, mas foi o do dia 4 de maio de 1886 que ficou particularmente conhecido. A manifestação desse dia estava acontecendo na Praça Haymarket, em Chicago, quando uma bomba explodiu.
A explosão foi responsável pela morte de policiais e manifestantes. Em seguida, os policiais reagiram abrindo fogo contra os manifestantes, quando inúmeras pessoas morreram.
Após esse protesto, a reação contra os trabalhadores foi extremamente repressiva. Os líderes do movimento trabalhista de Chicago foram presos e quatro deles foram condenados – sem provas de sua culpa – à morte.
No Brasil, a data começou a ganhar importância no final do século XIX. As primeiras manifestações de trabalhadores Brasil aconteceram em 1891 e eram organizadas por militantes socialistas.
Os protestos aconteciam com a aglomeração dos trabalhadores em locais importantes das grandes cidades brasileiras. Durante esses eventos, os trabalhadores realizavam discursos exaltando a classe, bem como organizavam apresentações musicais, faziam passeatas, disparavam fogos de artifício etc.
Na década de 1910, o movimento operário no Brasil ganhou força impulsionado pelos ideais socialistas e anarcossindicalistas. Desse período, destaca-se a Greve Geral de 1917, na qual cerca de 50 mil trabalhadores paralisaram o trabalho em São Paulo.
A greve, inclusive, passou a ser uma prática comum no 1º de Maio, uma vez que a data não era feriado no Brasil.
A data passou a ser considerada feriado no Brasil em 1924, durante o governo de Artur Bernardes. Porém, foi no governo de Getúlio Vargas que o 1º de Maio ganhou importância, principalmente por causa do projeto político de aproximação com as classes trabalhadoras durante o Estado Novo.
O tempo passou, porém a luta dos trabalhadores continua e a cada ano mais organizada. Atualmente o país tem cerca de 15 mil sindicatos e 10 Centrais Sindicais, que nos últimos cinco anos decidiram se unir para comemorar a data.
As conquistas avançaram mas os trabalhadores(as) ainda têm muito a conquistar.
Este ano, no 1º de Maio Unificado, promovido pelas Centrais Sindicais, foram priorizadas 15 pautas de lutas. São elas: Valorização do salário mínimo; Fim dos juros extorsivos; Fortalecimento da Negociação Coletiva; Mais empregos e renda; Direitos para todos; Convenção 156 OIT; Trabalho igual, Salário igual; Aposentadoria digna; Regulamentação do trabalho por aplicativos; Revogação dos marcos regressivos da legislação trabalhista; Fortalecimento da Democracia; Revogação do “novo” ensino médio e Desenvolvimento sustentável com geração de empregos de qualidade.
Na pauta também consta a valorização dos servidores públicos que estão na linha de frente de serviços indispensáveis ao povo brasileiro e o posicionamento contra as privatizações.